O diretor do Teatro Municipal de Pirassununga (SP), Israel Foguel, é autor de quatro livros na cidade de Pirassununga. Todos possuem citações sobre Cleyde Yáconis. “Nesses 63 anos de carreira artística, ela fez mais de 90 peças, atuou em oito filmes e trabalhou em 33 novelas. Então, realmente, é uma carreira artística invejável que poucas atrizes, mesmo as mais antigas, têm”, falou Foguel. A atriz, que morreu nesta segunda-feira (15), nasceu no município em 14 de janeiro de 1923.

Considerada uma das grandes estrelas do teatro nacional e mesmo avessa às homenagens, a atriz sempre foi muito lembrada. Um dos cinco camarins do Centro de Convenções de Pirassununga, inaugurado no ano passado, leva o nome dela.

Os parentes e amigos contam que Cleyde era muito reservada. A única vez em que se apresentou na cidade foi em 1976, quando aceitou o convite para comemorar os 25 anos de carreira.

“Antes de 1950 nós não tínhamos um teatro realmente brasileiro, nacional, a partir do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e dessas grandes atrizes é que começamos a história do teatro no Brasil e Cleyde participou dessa história inicial”, afirmou Foguel.

Morte
De acordo com a assessoria do Hospital Sírio Libanês, ela estava internada desde outubro de 2012. Ainda segundo o hospital, o corpo será velado nesta terça-feira (16), no distrito de Jordanésia, município de Cajamar.  O enterro está marcado para 17h40 no cemitério da cidade. As cerimônias são fechadas para família e amigos de Cleyde.

Em julho de 2010, a atriz sofreu uma queda e fraturou a cabeça do fêmur. Na época, Cleyde passou por uma cirurgia no Hospital Barra D’Or, no bairro da Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, e ficou internada por seis dias.

No mesmo ano, ela foi destaque da novela “Passione”, do autor Silvio de Abreu. A atriz interpretou a personagem Brígida. Casada com o rabugento Antero (Leonardo Villar), ela tinha um relacionamento misterioso com seu motorista, Diógenes (Elias Gleiser).

Fonte: G1